Em Portugal, banco ligado à maçonaria será presidido por seguidor da Opus Dei

Nomeação de José Félix Morgado como presidente da instituição está a levantar muita discussão nas lojas maçônicas. O gestor é muito próximo do Opus Dei.

Historicamente ligado à maçonaria, o Montepio registou, ontem, uma viragem: pela primeira vez foi nomeado presidente do banco alguém "muito próximo" do Opus Dei, uma organização da igreja cristã com quem a maçonaria mantém, há centenas de anos, uma espécie de guerra nas sombras da sociedade. A escolha de José Félix Morgado para liderar a Caixa Económica - nomeação confirmada, ontem, durante uma assembleia geral - está a provocar um intenso debate em algumas lojas maçónicas, segundo testemunhos recolhidos pelo DN.

Segundo uma fonte próxima do gestor, ex-presidente da Inapa, José Félix Morgado não será numerário nem supranumerário do Opus Dei, como são designados os membros da organização. Porém, "faz parte de um grupo de católicos muito próximos" da Obra de Deus, fundada em 1928 pelo padre espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer e posteriormente reconhecida e integrada na Igreja de Roma. Para muitos, a Obra de Deus (tradução de Opus Dei) é "igreja dentro da Igreja", até porque é a única prelazia pessoal reconhecida pelo Vaticano. Em Portugal, contará com um pouco mais de 1500 membros. No país, tal como no resto do mundo, a esmagadora maioria dos seus membros mantém-se no anonimato, ainda que, tal como os maçons, prefiram dizer que não são secretos, mas sim discretos.

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